quinta-feira, 9 de abril de 2009

Nova Direção


A pequena garota andava sem saber onde queria chegar. Pés descalços sobre a areia, cabelos ao vento e caminhando de sandália na mão. Sozinha, a menina pensava lá com seus botões sobre a vida.
Tantas dúvidas a atormentavam, muitos questionamentos feitos a si mesma e nenhuma resposta, só o vento ao pé do ouvido.
Sentia-se triste, mas não sabia o porquê. Não havia um motivo específico para tal, apenas sentia. E era esse sentir que mais lhe desagradava.
Era o tipo de menina que pensava que deveria ter resposta para tudo. Contudo, não havia.
O sentir sem saber o porquê era o mesmo que ver e não enxergar. Pessoas a vêem todos os dias, porém não a enxergam. Pode-se ver o corpo, não a alma. O corpo se faz presente, a alma vagueia sem direção pela escuridão.
Num momento de tristeza ergueu a cabeça e tomou um novo caminho. Decidida, a garota sabia que a nova estrada iria lhe proporcionar boas coisas. E que o passado deveria ficar em seu devido lugar: guardado na memória.

Um comentário:

Aline Shinoda disse...

"O corpo se faz presente, a alma vagueia sem direção pela escuridão."
E mais uma vez eu repito: essa parte sou eu, sou eu!!!!
Lindo o texto! Revelador, espontâneo, agradável e otimista!
Espero com todas as forças que esse novo caminho traga ótimas coisas pra você!