terça-feira, 21 de abril de 2009

Chorando no Campo

A chuva cai chorando
E meu amor vai e vem
No céu só uma rede vai me vai levando

A noite além da noite
Me faz lembrar que eu não vivi
E toda essa história esse segredo
Memórias de um vendaval

Pela estrada enquanto eu passo
O cinema é só ilusão
Vou chorando pelo campo
No meio do temporal

A chuva da saudade
De algum lugar que eu nunca fui
E o vento vai soprando chuva
Distante

Pela estrada enquanto eu passo
O cinema é só ilusão
Vou chorando pelo campo
No meio do temporal

Letra de Lobão.


E a chuva continua a cair chorando
Inundando meu coração...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pra isso que existem os amigos...

Finalmente tinha chegado sexta-feira! Não que eu fosse fazer algo de bom à noite, mas só de pensar que a semana estava terminando me dava uma pontinha de felicidade.
Não tinha aula naquela manhã, entretanto, fui à faculdade para estudar com minhas colegas. As horas passavam tão rápido que quando dei por mim já estava no meu horário. Afinal, minha mãe e Núbia, nossa manicure/cabeleleira, estavam me esperando em casa. Eu tinha muita coisa para fazer: unhas, cabelo... sobrancelha... etc.
Bem, meu celular toca de vez em quase nunca e antes de eu ir embora eis que toca o dito cujo. Era minha amiga me chamando pra ir ao shopping ajudá-la a escolher um vestido para a formatura da irmã dela. Para sua sorte eu ainda estava na faculdade e fui até o Pavilhão de Aulas I para encontrá-la antes de ir.
Quando finalmente, após muitos minutos de espera, a aula de Analítica dela acabou (ela cursa Engenharia Química), expliquei que tinha coisinhas básicas para fazer porque eu também iria à formatura, mas que mesmo assim iria ao shopping com ela.
Nunca andei tanto no shopping... Acredito que demos umas cinco voltas em cada corredor de cada andar daquele inferno que é o Iguatemi! Entra em loja - experimenta-se uns vestidos - não ficaram legais - sai de loja... entra em outra e assim sucessivamente...
Já havíamos revirado todas as loja possíveis do Iguatemi e não achamos um vestido à altura e dentro dos padrões de E.E.E, isto é, estética, elegância e economia!!
Apesar de nós mulheres sermos vaidosas (a maioria, e lembrando que os homens também não deixam de ser.), convenhamos que não há a necessidade de comprar um vestido caro que será usado em uma formatura, ainda que especial. A não ser que você seja a própria formanda ou a mãe da mesma. Pode-se muito bem achar um vestido que lhe faça se sentir bem, confortável, linda e poderosa por um preço que não seja exorbitante!
Como o Iguatemi não nos ajudou, fomos ao Salvador Shopping. Entramos em quase todas as lojas, e muitas destas não tinham o que procurávamos.
Até que entramos na última loja que nos restava. Encontramos um vestido dentro das condições e fomos até o provador. Minha amiga com o vestido na mão pegou a plaquinha de nº 1 indicando uma peça a ser provada e eu iria entrar só pra ver se ia ficar bom...
A moça deveria me entregar a placa de nº 0 (zero), porém elas pareciam ter esgotado. Então ela me deu a de nº 1 e pelas regras da loja eu deveria entrar com uma peça. Se eu saísse do provador com a placa de nº 1 e sem peça, certamente eu iria passar por uma descompostura.
Foi aí que a garota da loja pegou a primeira peça de roupa que viu na frente e entregou a mim.

"Ô! Bem meu tamanho", eu disse ironicamente ao ver o sutiã tamanho XG da cor da pele em minhas mãos.
"Desculpe senhora, mas foi a primeira coisa que peguei.", disse a moça rindo da minha cara!

O vestido não era do jeito que minha amiga queria e a criatura que me entregou o sutiã fez o favor de passar o seu posto para outra garota que iria pegar a plaquinha na saída do provador.
Podia-se ver o riso em seus olhos ao me ver pendurar rapidamente a enorme peça íntima e entregar-lhe a placa.

"Não era do meu tamanho" só faltou dizer.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Nova Direção


A pequena garota andava sem saber onde queria chegar. Pés descalços sobre a areia, cabelos ao vento e caminhando de sandália na mão. Sozinha, a menina pensava lá com seus botões sobre a vida.
Tantas dúvidas a atormentavam, muitos questionamentos feitos a si mesma e nenhuma resposta, só o vento ao pé do ouvido.
Sentia-se triste, mas não sabia o porquê. Não havia um motivo específico para tal, apenas sentia. E era esse sentir que mais lhe desagradava.
Era o tipo de menina que pensava que deveria ter resposta para tudo. Contudo, não havia.
O sentir sem saber o porquê era o mesmo que ver e não enxergar. Pessoas a vêem todos os dias, porém não a enxergam. Pode-se ver o corpo, não a alma. O corpo se faz presente, a alma vagueia sem direção pela escuridão.
Num momento de tristeza ergueu a cabeça e tomou um novo caminho. Decidida, a garota sabia que a nova estrada iria lhe proporcionar boas coisas. E que o passado deveria ficar em seu devido lugar: guardado na memória.